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Polémica com Junta de Arroios e imigrantes: Governo fala em extrapolação de competências

Apesar de não ser obrigatório, a Junta passou agora a exigir aos imigrantes que apresentem um título de residência válido para terem acesso a um atestado de residência. A Provedoria de Justiça já recebeu uma queixa por discriminação apresentada pelo Bloco de Esquerda e o Governo fala em extrapolação de competências.

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Várias organizações de apoio a imigrantes acusam a Junta de freguesia de Arroios de atacar os direitos dos estrangeiros que vivem na freguesia. A Provedoria de Justiça já recebeu uma queixa por discriminação e o Governo fala em extrapolação de competências.

As regras na freguesia com maior concentração de nacionalidades em todo o país mudaram com o edital de 9 de fevereiro afixado pela Junta.

Apesar de não ser obrigatório, a Junta passou agora a exigir aos imigrantes que apresentem um título de residência válido para terem acesso a um atestado de residência.

No entanto, a lei estabelece que para esse atestado ser emitido é suficiente o testemunho de duas pessoas moradoras na freguesia ou uma declaração de honra de quem requer a emissão do documento.

Esse atestado serve para vários fins, como para a inscrição num centro de saúde ou numa escola ou para mudar a residência nas finanças.

Várias organizações de apoio a imigrantes acusam a Junta de ilegalidade, discriminação e ataque aos direitos dos estrangeiros.

À Provedoria de Justiça já chegou uma queixa apresentada pelo Bloco de Esquerda.

O Governo também já reagiu. Acusa a junta de Arroios, da coligação PSD, CDS-PP de Carlos Moedas de ir além do que diz a lei.

Contactada pela SIC, a Junta recusou-se a prestar declarações. No entanto, garantiu estar a cumprir a lei de forma a travar as chamadas máfias da legalização que vendem o acesso a atestados de residência, conforme a SIC denunciou no ano passado.

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