A Academia de Amadores de Música vai ter de sair do prédio no Chiado onde está há 80 anos depois de 140 no centro de Lisboa.
Dentro de um ano a renda vai subir sete vezes e a escola não consegue pagar o novo valor nem tem espaço para onde ir.
Como o presidente da Academia de Amadores de Música explica a alguns pais, a escola é mais uma vítima da subida das rendas.
"Tivemos em 2017 uma alteração à lei das rendas que nos protegeu durante cinco anos, a novo regime de arrendamento urbano não se aplica a entidades protegidas por estatuto camarário", disse Pedro Martins Barata, Presidente da Academia de Amadores de Música reconhecendo que os 542 euros que pagam atualmente de renda "não é muito".
No entanto, depois de respirarem também de alivio em 2023 "o senhorio percebeu que a nossa renda é tão baixa que basta ele pedir uma reavaliação do imóvel e a renda passa a sete vezes mais, 3720 euros", acrescentou.
Os Professores, pais e alunos lamentam a situação e pedem aos governantes que valorizem a cultura na capital.
"Quando há campanha há palavras e poucas ações. Em termos da academia tinham de fazer ações", garantiu Cristina Sousa, mãe de uma aluna da escola.
Ações para manter pianos, 300 alunos, arte e 140 anos de histórias no centro de Lisboa, agora que a sociedade imobiliária dona do número 18 vendeu todos os andares a particulares como, por exemplo, ao grupo Avillez.