A ligação aérea entre Bragança e Portimão vai sofrer uma redução da frequência dos voos. O Governo fez um ajuste direto por um valor inferior ao da concessão do serviço, para evitar a suspensão da carreira, porque se atrasou a lançar o novo concurso. Este serviço termina no final do mês.
O Governo deveria ter aberto concurso internacional para dar continuidade ao serviço público com, pelo menos, meio ano de antecedência, mas só agora é que o concurso vai ser lançado.
Para evitar a suspensão da carreira aérea, o Governo fez um ajuste direto com a companhia que opera atualmente.
“Acabou por optar nos nos fazer um convite para manter a linha a partir de dia 28 deste mês, data final da concessão”, afirma o diretor-geral da Sevenair, Carlos Amaro
Só que durante o período de três meses e meio que dura o ajuste direto vai haver uma redução da frequência dos voos porque o valor adjudicado pelo governo é inferior ao montante da concessão.
A Câmara de Bragança já tinha alertado o Governo para a necessidade de avançar com o concurso mais cedo, a tempo de evitar o problema.
O ajuste direto, que deveria garantir a operação aérea até que o novo concurso estivesse concluído, é de apenas três meses e meio e o processo poderá demorar mais de meio ano.
A SIC pediu esclarecimentos ao Ministério das Infraestruturas, mas não obteve resposta.
Esta é a única ligação aérea regional existente no continente, e o Estado paga, por ano, mais de três milhões de euros à operadora para garantir a ligação com tarifas a preços reduzidos.
No último ano a carreira aérea entre Bragança e Portimão transportou cerca de 13 mil passageiros.