Mais de 20 empresários de restauração da praia Costa da Caparica estão preocupados porque não sabem durante quanto mais tempo vão poder manter os negócios abertos. Os empresários acusam a Câmara de Almada de os querer despejar, mas a autarquia já disse que não é essa a intenção e mostrou-se disposta a dialogar.
Instalado em dois apoios de praia junto ao mar há 15 anos António Ramos, conhecido como Barbas da Costa da Caparica, arrisca ver o negócio desaparecer.
“Tenho aqui dois espaços. Estou aqui há quarenta e tal anos na Costa da Caparica, tenho quarenta e tal empregados e isto preocupa-me bastante. Será uma chatice porque não sei como é que me vou desenvencilhar desta situação”, afirma o proprietário do restaurante “O Barbas”, António Ramos.
Os contratos de concessão foram assinados com a CostaPolis em 2008 e tinham inicialmente um prazo de 10 anos.
Foram prolongados em 2018 por mais cinco anos, em compensação pelo investimento feito para reparar os espaços devido ao mau tempo.
Câmara diz não ter competência para despejos
Os empresários acusam a Câmara de Almada de ter avançado com ordens de despejo, através da WeMob, a empresa que gere, mas não detém os apoios de praia na Costa da Caparica.
A SIC pediu esclarecimentos à autarquia, que remeteu para um comunicado enviado às redações, onde esclarece que não houve nenhuma ordem de despejo e que foram apenas cumpridos os tramites legais ao informar os concessionários do fim dos contratos.
A autarquia diz estar disposta a encontrar soluções para os empresários que, para já, estão autorizados a permanecer até ser encontrada uma solução.
Aguentam-se e seguram os negócios como podem, na esperança de manter postas abertas ao público.