Os bolseiros de doutoramento estão sem receber os salários enquanto aguardam a decisão da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Pediram o prolongamento da bolsa, mas ainda não têm resposta.
De acordo com o jornal Público, a situação afeta bolseiros de doutoramento que pediram menos do que os quatro anos de financiamento máximo para o projeto de investigação.
As bolsas de dois ou três anos podem sempre ser prorrogadas, mas terão de passar pelo crivo da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Enquanto a decisão não chega falta o dinheiro para o dia a dia.
A FCT esclarece que a "análise tem de ser cuidada porque implica alterações às condições que estiveram na base da avaliação e das verbas publicas alocadas" e avança dados.
Desde a pandemia os pedidos de prorrogação deixaram de ser excecionais e quase triplicaram.
Em 2019 foram feitos 1.100 pedidos, em 2022 e 2023 cerca de 2.500 que implicam não só o prolongamento, mas também a alteração de centro de investigação ou de plano de trabalho.
No início de 2024 havia 400 pedidos a aguardar resposta.
Os bolseiros de doutoramento estão abrangidos pelo regime de exclusividade só podem acumular trabalho académico ou relacionado com a investigação que estão a fazer, não podem por isso ter outro contrato de trabalho.
Se a resposta for positiva é paga com retroativos, mas nunca são recuperados os meses de trabalho perdidos.