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Agricultores: "Não conseguimos sobreviver do nosso trabalho. Há quem pense desistir"

Os custos de produção aumentaram e os produtores estão na rua para exigir preços justos. A área de terrenos baldios que serve para o pastoreio dos animais foi reduzida em 50%.

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Chegaram a Vila Real de todos os pontos do distrito e até de distritos vizinhos, vindos de autocarro, de trator ou outras máquinas agrícolas. Os agricultores querem ser finalmente ouvidos.

"Estas políticas não nos se servem. Nós não conseguimos produzir, nem conseguimos sobreviver do nosso trabalho", disse, à SIC, um agricultor.

O que aconteceu esta quarta-feira assemelha-se aos protestos que começaram na semana passada mas com uma diferença, desta vez a concentração foi organizada pela Confederação Nacional da Agricultura. Dizem que precisaram de tempo para se organizar. Vêm agora queixar-se de estar com a corda ao pescoço.

"Se olharemos bem para a história, os preços de 1986, hoje em 2024 são os mesmos. Um quilo de vitela era vendido a cinco euros, hoje ainda é. Só que o custo de vida aumentou mais de 10 vezes, ou seja estamos a chegar a um ponto em que os agricultores têm de pagar para conseguir produzir", lamentou Daniel Serralheiro , da CNA.

Os custos de produção aumentaram e os produtores estão na rua para exigir preços justos.

"Se o agricultor vende um quilo de kiwis a um euro, porque é que chega ao continente ou outra superfície e passa para três euros? Só porque ensacaram os alimentos? Têm um aumento de 200% ou 300% na venda ao público. Nós queremos que esses preços se reflitam um bocado nos preços que são pagos à produção", apontou mais um agricultor.


A área de terrenos baldios que serve para o pastoreio dos animais foi reduzida em 50%. Os produtores não se conformam.

"As pessoas começam a pensar em desistir, não vale a pena", referiu um agricultor.

No norte do país, os agricultores prometem não desistir em nome da sobrevivência do setor.

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