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Marcha neonazi garante que vai sair à rua, mesmo sem autorização da Câmara de Lisboa

"Estou preocupado", diz um dos 15.000 muçulmanos que lá vivem e trabalham. O protesto nas ruas do Martim Moniz, coração da imigração em Portugal, foi convocado com um propósito: marchar contra o Islão.

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Um grupo de extrema-direita, que convocou um protesto contra muçulmanos no Martim Moniz para o próximo fim de semana, garante que vai sair à rua, apesar de não ter autorização da Câmara de Lisboa. Os imigrantes no Martim Moniz estão preocupados e prometem fechar as portas do comércio no dia da marcha.

Há 18 anos a vender no Martim Moniz, Roksana é uma dessas pessoas e vai pela primeira vez fechar o negócio num sábado.

O marido, também do Bangladesh, e já com cidadania portuguesa, pede reforço da proteção policial para os mais de 15.000 muçulmanos que vivem e trabalham na região.

O protesto nas ruas do Martim Moniz, coração da imigração em Portugal, foi convocado com um propósito: marchar contra o Islão. Sem violência, garantem os organizadores, mas com o rótulo da extrema-direita e do discurso contra os estrangeiros.

Iniciativa foi chumbada com base em parecer da PSP

Ao Presidente da República, Ministério Público e autoridades policiais foi enviada uma carta aberta, assinada por mais de 5.000 pessoas, contra este protesto que dizem promover o racismo e a xenofobia.

A iniciativa foi chumbada pela autarquia com base num parecer negativo da PSP.

Indignado, Mário Machado já desafiou a Câmara de Lisboa e convocou um protesto através das redes sociais para o mesmo dia, à mesma hora, num outro local.

Contactada pela SIC, a PSP recusou prestar declarações.

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