A Semear é uma entidade em Oeiras que dá formação a pessoas com dificuldades intelectuais e de desenvolvimento. Através da exploração de uma quinta e uma mercearia esta organização não governamental (ONG) ajuda à integração destas pessoas no mercado de trabalho.
O principal objetivo desta organização é combater o estigma, promover a inclusão social e dar formação a estes jovens, para que possam tornar-se mais independentes.
As aulas, de cozinha, cerâmica, novas tecnologias, armazenamento entre outras disciplinas, ajudam estes jovens adultos a integrarem-se melhor numa sociedade que ainda os discrimina.
“Os que se identificam mais com esta área vocacional da agricultura, e têm gosto em trabalhar a terra, podem ficar connosco a trabalhar como é o caso de muita gente que nós temos aqui. Cerca de 58% da nossa equipa tem algum tipo de diversidade funcional, estamos a falar de deficiência, e estão a trabalhar connosco”, afirma a diretora de projeto Semear na Terra, Yolanda Valente.
Na Academia, recebem formação teórico-prática, durante três anos e vão tendo, gradualmente, uma aproximação ao mundo do trabalho, através de parcerias entre o Semear e as empresas que decidem empregar estes jovens.
“Estamos com uma taxa de emprego de 83%, que é muito bom nesta população o nosso trabalho aqui é também, através da nossa produção, sensibilizar a sociedade que estas pessoas têm, o valor que têm, para que as pessoas também os aceitem de uma forma diferente”, defende a presidente do Semear, Joana Santiago.
Apesar de todos os programas e decisões políticas, no sentido de garantir a igualdade de oportunidades a todos, as pessoas com dificuldades intelectuais e de desenvolvimento ainda são dia a dia confrontadas com inúmeras barreiras, sobretudo as que nascem do preconceito e da discriminação.
As receitas da Semear vêm das vendas da horta e de cabazes, com produtos feitos na Academia, e outros adquiridos a parceiros do Semear.
Esta ONG vende ainda cabazes com produtos gourmet para empresas, que podem ser adquiridos aqui.