O maior estudo internacional sobre o desempenho dos alunos mostra uma quebra sem precedentes em vários países, sobretudo incluindo Portugal. Os professores de matemática estão preocupados com os resultados do estudo, o PISA, e pedem melhorias nos programas da disciplina e um maior envolvimento das famílias. O aproveitamento dos alunos portugueses foi dos que mais baixou entre os países da OCDE.
Há 38 anos que o professor Paulo Albergaria ensina matemática aos alunos. Todos os anos por esta altura de final de período tem dezenas de testes para corrigir.
Os resultados a matemática do último Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), o maior exame internacional feito a cada três anos, deixaram-no preocupado: mostrou que à disciplina que leciona 30% dos alunos não foi capaz de resolver os problemas mais fáceis.
Paulo Albergaria considera fundamental que os programas da disciplina se tornem mais claros e que não estejam sempre a mudar.
No próximo ano letivo, no ensino secundário, deve entrar o novo programa da disciplina, que a Associação de Professores de Matemática acha que vai melhorar a forma como a matemática chega aos alunos.
O PISA analisou quase 7 mil alunos portugueses e percebeu que a descida nas competências não foi apenas em Portugal, mas em praticamente todos os países da OCDE. O exame também mostrou que os alunos carenciados têm tido mais dificuldades a ter boas notas a matemática.
A associação de professores defende medidas concretas e individuais aplicadas pelas escolas e professores com o envolvimento das famílias.