O primeiro-ministro já se devia ter pronunciado sobre as polémicas reveladas na Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP porque tem a obrigação de prestar esclarecimentos, considera o comentador SIC Luís Marques Mendes.
“O primeiro-ministro devia vir a público dizer pelo menos duas coisas: que não se revê, que não pactua com este tipo de atos e comportamento e que vai tomar medidas para que estas situações não se repitam noutros departamentos ou noutros órgãos do Estado”.
A Comissão Parlamentar de Inquérito à tutela política da gestão da TAP foi constituída por iniciativa do Bloco de Esquerda. Já foram ouvidas quatro personalidades, entre as quais a Alexandra Reis e Christine Ourmières-Widener . No total, serão ouvidas cerca de seis dezenas de personalidades e entidades, propostas pelos partidos.
A 6 de março, o Governo anunciou que a Inspeção-Geral de Finanças (IGF) tinha concluído que o acordo celebrado para a saída antecipada de Alexandra Reis da TAP era nulo e que ia pedir a restituição dos valores.
Na sequência dessa conclusão, os ministros das Finanças e das Infraestruturas anunciaram também a exoneração com justa causa da presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, e do presidente do Conselho de Administração, Manuel Beja.