Numa altura em que decorre em Lisboa a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, ao rio Tejo regressam os golfinhos. Esta realidade só foi possível com a diminuição da poluição do rio e do tráfego de cruzeiros que diariamente entravam na capital.
São uma atração para os turistas pagam as viagens no Tejo para ver os golfinhos. O número de observações é atualmente muito superior àquelas que se verificavam há uns anos.
O Observatório de Golfinhos no Tejo prepara-se para apresentar um relatório onde explica as possíveis razões para o aumento do número destes cetáceos no estuário do rio. A abundância de alimentos parece ser, neste momento, a principal razão.
Mais importante que atrair turistas, para observar os golfinhos é urgente que a população de Lisboa perceba a necessidade de preservar o estuário. O desaparecimento de industrias altamente poluentes, que quase destruíram o Tejo, permitiram o regresso dos golfinhos e outras espécies ao estuário.
Com menos embarcações piscatórias, os golfinhos têm agora mais alimentos disponíveis. A pandemia acabou também por influenciar este fenómeno, visto que as viagens marítimas de recreio realizadas no Tejo reduziram.
ESPECIAL CIMEIRA DOS OCEANOS
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