Olhares pelo Mundo

China lança Sonda Einstein que vai trazer a luz do cosmos para a Terra

A sonda vai sobretudo ajudar os cientistas “a captar a primeira luz proveniente de explosões de supernovas” que ocorrem no final da vida de estrelas massivas.

Loading...

A China lançou terça-feira um satélite dedicado à observação espacial, uma operação descrita como um “sucesso” pela televisão estatal. A sonda de raios X Einstein dará aos cientistas informações valiosas sobre o Universo, observando os brilhos distantes de eventos cósmicos, de acordo com o cientista responsável pelo desenvolvimento do aparelho.

A sonda Einstein foi lançada às 15h03 (07h03 GMT) num foguetão Long March 2C a partir do centro de lançamento de satélites de Xichang (sudoeste da China) segundo a agência oficial de notícias Xinhua.

Equipada com uma nova tecnologia de deteção de raios X, a sonda “observará misteriosos fenómenos transitórios no universo que são comparáveis ​​ao brilho de fogos de artifício”, refere a agência.

A sonda Einstein vai sobretudo ajudar os cientistas “a captar a primeira luz proveniente de explosões de supernovas” que ocorrem no final da vida de estrelas massivas.

"A Sonda Einstein pode captar súbitas explosões cósmicas ou atividade violenta de corpos celestes. Esse tipo de corpo celeste que aparece repentinamente no Universo, dura alguns momentos e depois desaparece rapidamente chama-se transitório", explica à Reuters o cientista responsável Yuan Weimin.

Segundo o cientista, existem muitos eventos transitórios e explosões espetaculares no Universo, desde atividades estelares próximas do sistema solar até explosões de raios gama do distante universo primitivo e todos podem gerar enorme energia radioativa num período muito curto de tempo, concentrados na banda de raios X, produzem brilho como fogos de artifício.

Tais eventos transitórios e explosões tiveram origem nos estágios críticos da formação e evolução dos corpos celestes e têm informações importantes para o estudo do Universo. Porém, absorvidos pela atmosfera terrestre, esses raios X que contêm informações valiosas não conseguem atingir o solo.

“Esses eventos transitórios estão relativamente distantes e os seus sinais são relativamente fracos. Aparecem aleatoriamente no espaço, não sabemos quando e em que direção aparecem. Por isso é difícil para os satélites atuais detetarem-nos, precisamos de um monitor com sensibilidade muito alta e grande campo de visão. Por isso que desenvolvemos a Sonda Einstein - para captar esses transitório e explosões remotas”, disse Yuan.

Últimas notícias
Mais Vistos
Mais Vistos do