Mundo

Três mulheres diagnosticadas com VIH após tratamentos cosméticos

Autoridades de saúde norte-americanas acreditam que estes são os primeiros casos documentados de transmissão do vírus através de um procedimento cosmético com agulhas.

Três mulheres diagnosticadas com VIH após tratamentos cosméticos

Três mulheres foram diagnosticas com VIH, nos Estados Unidos da América, após receberem tratamentos de estética num local não licenciado para o efeito. Acredita-se que sejam os primeiros casos documentados de pessoas a contraírem o vírus através de um procedimento cosmético com agulhas.

De acordo com um relatório do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, divulgado na passada semana, o spa onde foram feitos os tratamentos reutilizava equipamento descartável que só devia ser usado uma vez.

Um dos riscos de transmissão do vírus da imunodeficiência humana é a "partilha de agulhas, seringas ou outro equipamento utilizado na preparação de drogas ilícitas para injeção", segundo a Direção-Geral de Saúde.

Ainda assim, o relatório afirma que estes são os primeiros casos documentados de contaminação que envolvem tratamentos cosméticos.

Muitos destes tratamentos populares são aplicados com agulhas, como o botox para eliminar rugas ou o preenchimento de lábios.

Segundo a agência Associated Press, as três mulheres fizeram um “vampire facial”, um procedimento de Plasma Rico em Plaquetas. O sangue do próprio cliente é extraído e, com pequenas agulhas, injetado no rosto para rejuvenescer a pele.

As autoridades de saúde norte-americanas começaram a investigar o spa, em 2018, quando foram notificadas para o caso de uma mulher com cerca de 40 anos que testou positivo ao VIH, apesar de não ter fatores de risco conhecidos. A mulher relatou ter sido exposta a agulhas durante o tratamento.

O estabelecimento fechou alguns meses após a abertura da investigação. O proprietário foi acusado da prática de medicina sem licença.

O relatório conclui que a investigação mostrou o quão importante é exigir práticas de controlo de infeções a empresas que oferecem tratamentos cosméticos com agulhas.

Em julho, a ASAE anunciou a instauração de cerca de 90 processos-crime pela usurpação de funções de medicina estética por administração de botox em clínicas, salões de beleza e cabeleireiros.

Em causa estava a prática de atos médicos por "pessoas não habilitadas" e os consequentes "danos físicos permanentes e irreversíveis" que pode provocar.

Últimas notícias
Mais Vistos
Mais Vistos do