O gabinete de guerra de Israel promete uma retaliação dolorosa contra o Irão, no entanto não se sabe quando e em que moldes é que esse ataque irá acontecer. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, está a ser pressionado para se conter na resposta e evitar uma escalada no conflito.
Para o comentador da SIC, a reação de Israel será inevitável, mas “nem o gabinete de guerra ainda decidiu”. Ou seja, “há muita pressão da comunidade internacional, sobretudo dos americanos, no sentido de que Israel não repita os erros do pós 7 de Outubro, ou seja, que não perca a face depois de ser atacado. Há também a ideia que, depois de um ataque absolutamente inédito a território israelita, é inevitável que Israel vai retaliar, mas há várias formas de o fazer”.
“Será em território iraniano? Será contra interesses iranianos fora do espaço iraniano? Será contra os proxys iranianos que já há vários meses atacam Israel.- o Hezbollah no Líbano, os Houtis no Iémen? Ainda não sabemos”.
Ação terrestre em Rafah adiada
Germano Almeida refere que “parece é que a primeira consequência é que a ação terrestre em Rafah vai ser adiada”.
"Há uma ligação das duas coisas, ou seja, o ataque do Irão surge porque Israel fez a ação em Damasco porque estava a tentar eliminar proxys do Irão e iranianos, que aparentemente estão a ajudar o Hamas na guerra em Gaza e a própria guerra em Gaza está agora a ser condicionada e vai mudar nas suas circunstâncias, porque naturalmente Israel vai ter uma ação mais direta contra o Irão, não estará com a atenção total para Gaza, isso altera os dados do jogo.