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"A Rússia está a aproveitar o problema ucraniano, está a desgastar as antiaéreas"

O comentador da SIC Germano Almeida analisa o impasse nas negociações entre Israel e Hamas, a visita de Lavrov à China e a situação no terreno na Ucrânia.

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Entre Israel e o Hamas mantém-se o impasse para um cessar-fogo temporário. O Hamas diz que a proposta é intransigente e Netanyahu continua a impor as suas condições. Germano Almeida diz que vamos continuar a assistir a esta resistência de ambas as partes.

“O Hamas diz que, enquanto Israel mantiver a garantia que faz a operação em Rafah, não há acordo possível. E enquanto Netanyahu, como temos visto todos os dias diz que isso acontece (…) mantém também a exigência da libertação dos reféns. (…) Mas para já, a ideia forte é que o acordo está longe de acontecer”.

Lavrov em Pequim

A Rússia enviou Lavrov a Pequim, com a Ucrânia na agenda no encontro com o Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês.

Embora a Rússia ainda não tenha tido da China um apoio militar chinês à invasão russa da Ucrânia, o facto de Lavrov ter falado com o seu homólogo em Pequim sobre a Ucrânia “interessa aos interesses russos de mostrar que está alinhada com a China”.

Isto dias depois da reunião dos 75 anos da NATO que voltou a reforçar a ideia de que a Rússia é a grande ameaça a travar e que a China é um desafio sistémico.

“Ora, perante isso, quando a Rússia, através do Ministro Negócios Estrangeiros, reúne na China, consegue fixar que ambas estão do mesmo lado perante um opositor ocidental”.

Rússia e China prometeram apoiar-se tanto na indústria e também na luta contra o terrorismo.

“Interessa também à Rússia mostrar que tem aliados internacionais relativamente ao seu problema interno de terrorismo. Interessa à Rússia que a China não se demarque deste momento enquanto que o Kremlin mantém a narrativa de que houve, embora perpetrado por terroristas islâmicos, houve por trás financiamento ocidental, portanto, interessa Lavrov lançar o tema e não tendo a negação chinesa”.

No terreno de guerra

Na central de Zaporíjia, Rússia e Ucrânia têm trocado acusações sobre estes ataques.

“Há uma preocupação enorme porque estamos a falar da maior central Nuclear da Europa.”

A ideia forte também é que a Rússia, nos últimos dias agravou ataques não só a Zaporíjia, também a Kharkiv, onde morreram 6 pessoas num ataque este fim de semana e também a Kiev.

“A Rússia está a aproveitar o problema ucraniano, está a desgastar as antiaéreas porque sabe que continuando esses ataques nos próximos, a capacidade ucraniana de se defender será muito menor”.

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