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ONU vai analisar pedido da Palestina para se tornar Estado-membro

A Palestina é considerada um "Estado observador" na ONU desde 2012, um estatuto que só partilha com o Vaticano. Agora, pode vir a tornar-se Estado-membro em pleno.

ONU vai analisar pedido da Palestina para se tornar Estado-membro
Carlo Allegri

O Conselho de Segurança da Organização da ONU começa a analisar, a partir de segunda-feira, o pedido de reconhecimento da Palestina como Estado-membro e não apenas como observador.

A Palestina é considerada um "Estado observador" na ONU desde 2012, um estatuto que só partilha com o Vaticano, embora um ano antes tivesse solicitado a entrada como membro de pleno direito.

Em 2011, foi feito um pedido de adesão plena, mas permaneceu pendente porque o Conselho de Segurança não conseguiu chegar a um consenso para uma decisão formal.

Na ocasião, os Estados Unidos anunciaram que pretendiam usar o poder de veto se uma maioria de nove fosse alcançada, apesar de proclamarem apoio à "solução de dois Estados".

Esta semana, 120 Estados-membros das Nações Unidas - de um total de 193 - comprometeram-se a apoiar a adesão plena da Palestina à organização.

Os 120 países representam três grupos (árabe, muçulmano e não alinhado) e redigiram uma carta conjunta enviada às diferentes entidades da ONU que participam no processo: o secretário-geral, o Conselho de Segurança e a Assembleia-Geral.

De acordo com os regulamentos da ONU, o Conselho de Segurança deve criar um comité, composto por todos os 15 membros, para estudar o pedido de admissão e redigir um relatório.

Caso não seja aprovado, o pedido segue para votação na Assembleia-Geral da ONU e é devolvido novamente ao Conselho de Segurança, para apreciação.

Para o pedido ser aprovado, é preciso o voto favorável de nove dos 15 membros do Conselho de Segurança e nenhum veto dos membros permanentes.

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