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Quatro suspeitos do ataque em Moscovo ficam em prisão preventiva

Até ao momento, as forças de segurança detiveram 11 pessoas relacionadas com o ataque, das quais quatro participaram pessoalmente no atentado, segundo as autoridades russas.

Quatro suspeitos do ataque em Moscovo ficam em prisão preventiva
Yulia Morozova

Os quatro presumíveis atacantes a uma sala de concertos nos arredores de Moscovo que provocou pelo menos 137 mortos foram este domingo condenados a prisão preventiva por dois meses, deliberou um tribunal da capital russa.

Três destes quatro homens, de acordo com a Associated Press, admitiram a culpa em tribunal. Os quatro homens são acusados de "terrorismo" e arriscam prisão perpétua, indicou em comunicado o tribunal Basmanny de Moscovo.

A sua detenção provisória, fixada até 22 de maio, pode ser prolongada até ao início do processo, com data ainda por definir.

O ataque, reivindicado por um grupo filiado ao Daesh, foi o mais mortífero em solo russo os últimos anos.

O Departamento de saúde da região de Moscovo indicou ainda que 101 pessoas permanecem internadas, 61 recebem tratamento ambulatório e 20 tiveram alta, num total de 182 feridos.

Rússia vive dia de luto nacional pelas vítimas

A Rússia viveu este domingo um dia de luto nacional pelas vítimas deste ataque nos arredores de Moscovo. Desde o início do dia que os cidadãos levam flores ao local do ataque, na cidade de Krasnogorsk, com as bandeiras russas em todas as instituições estatais a meia haste.

O ataque foi reivindicado pelo Daesh e condenado pelo Presidente russo, Vladimir Putin, que o denominou de ato terrorista "bárbaro e sangrento" e apelou à vingança.

Embora não tenha especulado sobre os autores intelectuais do ataque, sugeriu que quatro dos detidos tentavam cruzar a fronteira para a Ucrânia, que, segundo o líder russo, tentou criar uma "janela" para ajudá-los a escapar.

As autoridades ucranianas negaram qualquer envolvimento no ataque e uma fonte da inteligência dos Estados Unidos da América disse à Associated Press que as agências norte-americanas confirmaram que o grupo era responsável pelo ataque.

Maxim Shemetov

O Serviço Federal de Segurança (FSB) russo relatou a detenção de 11 cidadãos alegadamente ligados ao atentado, entre os quais os quatro terroristas que terão perpetuado diretamente o ataque.

Segundo comunicado do Daesh, o ataque de sexta-feira insere-se no contexto da "guerra violenta" entre o grupo e "os países que lutam contra o Islão".

Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido e diversos outros países e organizações internacionais condenaram o atentado.

Também a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) condenou "inequivocamente" o ataque de sexta-feira nos arredores de Moscovo, reivindicado pelo EI, entidade qualificada pela Casa Branca como um "inimigo terrorista comum".

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