Vladimir Putin votou já esta sexta-feira, no primeiro de três dias de votação para as eleições presidenciais. No poder há 24 anos, o líder russo tem assegurada a reeleição para um quinto mandato. Por serem contra a guerra na Ucrânia e ameaçarem os interesses do Kremlin, desistiram ou foram barrados 29 candidatos.
Além de Putin, foram apenas autorizadas outras três candidaturas. Leonid Slutsky pelo Partido Liberal Democrático, Nikolay Kharitonov é o candidato comunista e Vladislav Davankov concorre pelo partido Novas Pessoas.
Incidentes e detenções
Neste primeiro dia de votação, uma mulher ainda não identificada incendiou uma cabina de votação em Maryino, distrito de Moscovo, onde morava o falecido líder da oposição russa Alexei Navalny.
Ainda na capital, mas noutra secção de voto, foi aberto um processo criminal a outra eleitora que derramou tinta verde numa das urnas. Por todo o país,
as autoridades confirmaram oficialmente incidentes isolados e a detenção de várias pessoas.
As urnas abriram esta manhã no extremo-oriente russo. Em três dias e em onze fusos horários, mais de 112 milhões de eleitores são chamados às urnas.
Por antecipação, e desde o início da semana, há eleitores a votar também na península anexada da Crimeia e nas regiões ocupadas da Ucrânia. Kiev anunciou que não reconhecerá os resultados nos 18% de território ocupados.
Já na vizinha Moldova, o governo chamou o embaixador russo. Pediu explicações sobre as urnas colocadas na Transnístria. Na região de maioria russa,
estão atualmente destacadas tropas de Moscovo e os líderes separatistas exigiram recentemente a integração na Rússia.