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Falésias da Califórnia estão a desabar devido às alterações climáticas

De acordo com a NASA, a subida do nível do mar acelerou em 2023. As alterações climáticas potenciam o El Niño, um fenómeno meteorológico do Pacífico. O planeta está a mudar e o planeamento urbanístico tem de acompanhar.

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A subida do nível do mar acelerou, em 2023, de acordo com a NASA. Os dados permitem antecipar que as projeções iniciais foram ultrapassadas e potenciadas pelas alterações climáticas. Os fenómenos meteorológicos estão a ser ampliados pela natureza. Entre as várias consequências está a erosão costeira, como na costa oeste dos Estados Unidos.

As falésias da Califórnia estão a desabar e com elas levam todo o tipo de estruturas.

Alan é uma das vítimas do temporal do início do mês. Começou a construir uma casa em São Clemente, a sul do Los Angeles, há 12 anos.

Agora as alterações climáticas potenciam o El Niño, um fenómeno meteorológico do Pacífico, que já então existia. Mais ainda deverá ser para quem tem propriedades até 100 metros da costa.

Os cientistas preveem que a orla não pare de recuar. Não só por causa do mar, mas também pelo que vem pelo ar.

Rio atmosférico é um corredor estreito e longo que transporta vapor de água longo, em grande quantidade, através da atmosfera.

O que afeta a costa da Califórnia provém da zona do Havai.

O arquipélago é um grande produtor de ananás. Daí que este fenómeno seja conhecido, no Oeste, como o "Expresso do Ananás".

As diferentes pressões atmosféricas fazem aumentar a intensidade do fenómeno meteorológico. As montanhas junto à costa fazem subir a humidade, que, condensando, provoca uma grande quantidade de chuva.

Os prejuízos são elevados e os riscos para o futuro também.

Além de restaurantes, na orla costeira da Califórnia, também há casas multimilionárias, escolas, linhas férreas e até uma central nuclear.

O planeta está a mudar e o planeamento urbanístico tem de acompanhar.

Ao contrário, por exemplo, do Hawaai, o estado da Califórnia ainda não tem ferramentas que permitam identificar quais as zonas em maior risco. Faltam regras que definam locais e tipos de construção, numa costa que, durante décadas, foi destino para o investimento dos muito ricos.

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