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Mar Vermelho: Houthis anunciam novo ataque contra petroleiro e navios americanos

O anúncio surgiu depois dos EUA e do Reino Unido terem confirmado uma quarta onda de bombardeios contra o grupo pró-iraniano. Os Houthi garantem que continuarão os ataques contra os navios ligados a Israel “até que termine a agressão ao povo palestino de Gaza”.

Combatentes Houthi e membros de tribos em  manifestação contra os ataques dos EUA e do Reino Unido
Combatentes Houthi e membros de tribos em manifestação contra os ataques dos EUA e do Reino Unido

Os rebeldes xiitas Houthis do Iémen anunciaram este domingo novos ataques com mísseis e drones contra um petroleiro e as forças navais dos Estados Unidos da América (EUA) no Mar Vermelho.

O anúncio, feito por comunicado, surgiu depois de os EUA, juntamente com o Reino Unido, terem confirmado uma quarta onda de bombardeios contra o grupo pró-iraniano.

No documento, o porta-voz militar Houthi, Yahya Sarea, disse que "as forças navais do Iémen [como os Houthis se definem] realizaram uma operação militar qualitativa com uma série de mísseis navais adequados contra o petroleiro americano 'Torm Thor' no Golfo de Aden".

O porta-voz não deu mais detalhes sobre o ataque, que ainda não foi confirmado por outras fontes, e que ocorre depois de os EUA e o governo iemenita, internacionalmente reconhecido, terem alertado, no sábado, para as consequências ambientais de um derrame de milhares de toneladas de fertilizante, procedente de um navio cargueiro que os insurgentes iemenitas atacaram dias antes no mar Vermelho.

Yahya Sarea afirmou também que o seu grupo "atacou com drones vários navios de guerra americanos no mar Vermelho".

A nova comunicação Houthi foi divulgada depois da meia-noite, hora local, no Iémen, pouco depois de os EUA e o Reino Unido anunciarem que tinham bombardeado 18 "alvos" Houthis, na quarta operação conjunta desde que as duas potências iniciaram ataques contra as posições Houthis, em meados de janeiro.

Esta quarta operação, segundo o comunicado conjunto dos EUA e Reino Unido, contou com o apoio da Austrália, Barém, Canadá, Dinamarca, Países Baixos e Nova Zelândia, e teve como alvo armazéns de mísseis subterrâneos, sistemas de defesa aérea, radares e um helicóptero.

Embora não tenha referido diretamente os últimos atentados, o porta-voz Houthi advertiu que o grupo "enfrentará a escalada EUA-Reino Unido com operações militares de maior qualidade".

Também reiterou que continuarão os ataques contra os navios israelitas ou ligados a Israel "até que termine a agressão ao povo palestino de Gaza e se levante o cerco (imposto por Israel) sobre a Faixa".

Os Houthis, apoiados pelo Irão, iniciaram os ataques no mar Vermelho em novembro passado, após o início da guerra de Israel em Gaza, e as suas ameaças tiveram um grande impacto na navegação dessa rota marítima, por onde circula quase 15% do comércio marítimo global.

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