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Alterações climáticas aceleram o desaparecimento do Mar de Aral, na Ásia Central

Já foi o quarto maior lago de água salgada do mundo, mas perdeu 90% da água nos últimos anos.

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Pode ser difícil de imaginar: o terreno árido é, na verdade, o leito do Mar de Aral. Já foi o quarto maior lago de água salgada do mundo, localizado entre o Cazaquistão e o Uzbequistão, e fonte de sustento de milhares de famílias.

O Mar de Aral atraiu novos moradores, que chegaram de toda a Ásia e da Europa, e a região prosperou à volta do mar. A partir da década de 1960, a água começou a desaparecer.

Os soviéticos começaram a drenar as águas para a produção de algodão, com o objetivo de tornar a Ásia Central no maior produtor de algodão do mundo. Em 1987, o nível das águas estava tão baixo que o mar ficou dividido em dois.

Pescadores e agricultores, que dependem destas águas para sobreviver, sabem que é uma catástrofe que não podem vencer. Nafisa Bayniyazova, que vem de uma família de agricultores, lembra que, sem água, não há alimento.

O desaparecimento do Mar de Aral evolui agora à velocidade das alterações climáticas, com o aumento das temperaturas, a erosão e tempestades de areia. Hoje em dia, sobra apenas 10% daquele que foi um dos maiores lagos salgados do mundo.

A água desapareceu e chegaram o desemprego e as dificuldades económicas, que obrigaram milhares de famílias a mudar-se novamente.

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