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Criança sobrevive dois anos a viver sozinha sem água quente, luz e comida em França

O caso está a chocar França. Um menino de nove anos foi abandonado pela mãe. A mulher, de 39 anos, foi condenada a 18 meses de prisão pelo crime de abandono de menores. Vivia com o namorado a cinco quilómetros de distância.

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A história de uma criança de nove anos, abandonada pela mãe em França, está a correr o mundo. Durante dois anos, um menino terá sobrevivido sozinho sem água quente, luz e comida, mas nunca terá faltado à escola.

Em 2020, uma mulher deixou o filho sozinho na sua casa em Nersac, uma pequena localidade com 2.300 habitantes, para ir viver com o seu novo namorado para Sireuil, outra pequena localidade que se localiza a uma distância de cerca de cinco quilómetros.

Segundo o jornal espanhol ABC, o menino terá vivido sozinho na casa deixada pela mãe, sem, eletricidade, aquecimento, água quente e comida.

Para comer, a criança terá realizado pequenos roubos aos vizinhos de pão, latas de atum e tomates.

Durante dois anos, ninguém denunciou a situação, ainda que muitos estivessem desconfiados do que se estava a passar.

A escola e os serviços sociais nunca detetaram o que estava realmente a acontecer, uma vez que a criança sempre foi um menino “educado”, “bom estudante”, que “cumpria as tarefas” e se apresentava “sempre limpo”, como conta Barbara Couturier, presidente da Câmara de Nersac, citada pela ABC, que acrescentou ainda que acredita que a criança se apresentava assim para “se proteger a si e à mãe, que o visitava de vez em quando”.

O alerta da situação foi dado por um vizinho e aconteceu um ano e meio depois do menino ter sido abandonado. A denúncia terá sido feita junto das autoridades, que investigaram a situação e perceberam que o apartamento onde o menino vivia se encontrava realmente vazio, sem água quente, sem luz, sem aquecimento e com o frigorífico vazio.

Entretanto, a Segurança Social procurou uma nova família para o menino, que o acolheu há cerca de seis meses.

Os novos pais garantem que apesar de tudo, o menino nunca falou mal da mãe.

Em tribunal, a mãe garantiu estar inocente e negou toda a situação, mas foi considerada culpada e condenada a um ano e meio de prisão, com remissão da pena, e a seis meses de vigilância eletrónica.

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