Jogos Olímpicos

“A situação em que Nélson Évora colocou a comitiva portuguesa não foi fácil"

Miguel Guerreiro faz um balanço dos Jogos Olímpicos.

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Os Jogos Olímpicos Tóquio 2020 foram os melhores de sempre para a comitiva portuguesa, que conseguiu conquistar quatro medalhas. Miguel Guerreiro, jornalista da SIC, acompanhou a prova mais importante do desporto mundial e faz um balanço da prestação portuguesa.

Para o jornalista, a situação mais difícil de gerir foi a polémica entre Pedro Pablo Pichardo e Nélson Évora.

“Houve a presença de um grande campeão português, o Nelson Évora, que não soube muito bem lidar com as quezílias que tem com Pedro Pichardo, desde que este chegou a Portugal. E isso foi um pouco difícil de gerir. Em termos desportivos e de ética desportiva, na presença portuguesa no Jogos Olímpicos, eu acho que essa foi a situação menos positiva – até menos do que alguns atletas de quem se esperava mais que não conseguiram superar-se, porque acontece”, diz o jornalista.

Miguel Guerreiro considera que esta situação já era “expectável” uma vez que os dois atletas “não se falam”.

“A situação em que Nélson Évora colocou a comitiva portuguesa não foi fácil, porque, durante o tempo em que o Pedro Pichardo estava a tentar lutar para ganhar uma medalha para Portugal, ele estava junto à pista a dar indicações a um amigo. Compreende-se que ele estivesse a torcer pelo companheiro de treino e amigo, mas estava a torcer também por um adversário de Portugal naquele concurso”, afirma.

O momento em que Pedro Pablo Pichardo se sagrou campeão olímpico foi seguido por um momento caricato entre o atleta e o jornalista. Ambos ficaram sozinhos no estádio, a falar a uma bancada vazia de distância.

“Às tantas o Pedro Pichardo ficou sozinho na pista onde se tinha acabado de sagrar campeão olímpico, completamente sozinho – porque os outros atletas também já tinham todos abandonado as pistas. As bancadas estavam sozinhas e eu não podia lá chegar, fiquei sozinho a meio da bancada a gritar para o Pedro ‘depois vou-te entrevistar lá em baixo ou à porta da aldeia olímpica’ e ele a responder-me”, conta Miguel Guerreiro.

O jornalista sublinha ainda a importância da falta de público durante as provas e destaca a simpatia e educação da população nipónica.

Deixa ainda críticas à comunicação do Comité Olímpico Português, contando que foi o atleta Jorge Fonseca – o primeiro medalhado de Portugal nestas olimpíadas – que resolveu um empasse para uma entrevista.

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