Governo

"Frederico, parece que agora há notas...". Os SMS de Galamba a que a SIC teve acesso

Duas mensagens de WhatsApp, de terça-feira, mostram o profundo desagrado do ministro João Galamba com o seu adjunto Frederico Pinheiro. Nos textos, a que a SIC teve acesso, o ministro mostra-se surpreendido com o facto de, afinal, existirem notas sobre a reunião "secreta" com a ex-CEO da TAP

"Frederico, parece que agora há notas...". Os SMS de Galamba a que a SIC teve acesso
MANUEL DE ALMEIDA/Lusa

São duas mensagens de WhatsApp enviadas esta terça-feira, a que a SIC teve acesso. Nestas, o ministro João Galamba tenta pedir explicações ao seu adjunto Frederico Pinheiro. Os textos são os seguintes:

“Frederico, Parece que agora há notas da reunião que quando reunimos não tinhas. Manda as notas para mim e para a Cátia com a máxima urgência sff. Obrigada", enviou o ministro das Infraestruturas numa primeira mensagem.

No mesmo dia, mas mais tarde, João Galamba voltou a questionar Frederico Pinheiro.

“Como é que tu te lembras que tens notas um mês depois da reunião em que a Eugénia pediu tudo o que havia sobre a reunião com o grup parlamentar?!?!? E por causa disso tivemos de pedir prorrogação de prazo para envio de documentos”, pode ler-se na mensagem de Whatsapp.

O adjunto do gabinete do ministro das Infraestruturas Frederico Pinheiro foi exonerado na quarta-feira, dia 26. João Galamba considera que Frederico Pinheiro teve "comportamentos incompatíveis com os deveres e responsabilidades" das funções que exercia.

Esta sexta-feira, o adjunto do ministro enviou um comunicado às redações no qual partilha a sua versão cronológica das reuniões secretas entre ministro, PS e a ex-CEO da TAP. Entre as revelações feitas por Frederico Pinheiro está que quem informou Christine Ourmières-Widener da reunião preparatória com Grupo Parlamentar do PS foi o próprio ministro João Galamba.

Esta noite, o ministro das Infraestruturas negou "qualquer acusação de que, por qualquer forma, tenha procurado condicionar ou omitir informação prestada à CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] da TAP".

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