João Almeida está de regresso a uma casa que conhece bem e por onde passou vários anos da sua carreira política. Não conseguiu vencer as eleições do partido frente a Francisco Rodrigues dos Santos e o resultado mais visível desse ciclo político foi a saída do CDS da Assembleia da República.
Nesta entrevista ao Facto Político da SIC Notícias, o deputado centrista nega que tenha mudado de opinião sobre a política de alianças do partido do qual faz parte.
Em 2021, a caminho das legislativas que deram a maioria absoluta a António Costa, alertava para o risco de o CDS se tornar “Os Verdes da direita” se fosse coligado com o PSD. Agora, diz que as circunstâncias mudaram: “Não fazia sentido ir em coligação quando toda a opção interna tinha sido conformacional com o PSD”.
Os resultados eleitorais também seriam diferentes, acredita João Almeida: “A coligação de 2022 não era uma coligação vencedora, não houve nenhuma sondagem que desse a vitória como possível e o PS acabou por ter maioria absoluta. Agora não fomos coligados apenas para sermos beneficiados pelo método de Hondt, temos um programa próprio e estamos a governar o país. Na altura não havia qualquer projeto comum”. Apesar de tudo continua a acreditar que mesmo sem a criação da Aliança Democrática era possível eleger pelo menos dois deputados”.
João Almeida também fez parte do governo de liderado por Pedro Passos Coelho entre 2011 e 2015, um governo que acredita ter sido importante naquele momento do país, mas agora pede que se “olhe para a frente”.
Sobre as críticas do antigo primeiro-ministro ao histórico líder centrista, pede que sejam vistas como uma medalha: “Se a Troika desconfiou de Paulo Portas porque não se limitava a assinar os documentos, acho que essas críticas são muito bem-vindas, porque o Vice-Primeiro-Ministro estava a defender os portugueses num momento de grande dificuldade”.