Há alguns clássicos de campanha eleitoral que nunca falham. Andar de barco é um deles. Desta vez, Mariana Mortágua fez a viagem entre Setúbal e Troia para criticar um modelo de negócio.
“O acesso à praia está a ser destruído e impedido à população, impedindo o acesso a uma praia que ontem era popular e agora está reservada a quem tem dinheiro, turistas e um mar de cimento que vai invadindo Troia e construindo resorts”, apontou a coordenadora do Bloco de Esquerda.
Fazer a viagem entre Setúbal e a península de Troia chega quase nove euros por pessoa. E o passe mensal chega aos 100 euros.
Sem desembarcar, Mariana Mortágua ouviu as queixas do movimento de cidadãos e membros do partido. Mas, num dia em que mais uma polémica entrou na agenda de campanha do bloco, foi mais difícil focar a atenção no tema.
“As campanhas devem ser sobre propostas e, muitas vezes, acabam por ser afundadas noutras polémicas e não sobre propostas e o que cada partido defende para o país. Nós hoje, por exemplo, viemos a Troia denunciar este modelo económico que vai canibalizando este território”, disse Mariana Mortágua.
O que também nunca falta é a tradicional arruada em Setúbal. Distrito apetecível para a esquerda, mas onde ainda se encontra quem acredite na relação entre insegurança e imigração.
A caravana do bloco vai passar terça-feira nos distritos de Lisboa e Aveiro.