A Aliança Democrática liderada por Luís Montenegro junta três partidos, mas o presidente do Partido Popular Monárquico raramente aparece em ações públicas. Até agora…
PSD, CDS e PPM tiveram juntos em público pela primeira vez quando passaram para o papel a ideia da Aliança Democrática renovada.
É também um raro e quase inédito momento em que é possível ver todos os parceiros lado a lado.
Gonçalo da Câmara Pereira é o presidente do terceiro partido desta coligação, mas não tem aparecido nos eventos oficiais.
Não esteve na Convenção do Estoril, nem esteve no encontro com quase 20 economistas que serviu de base de lançamento para o programa económico da AD, mas o presidente do PPM haveria de dar à costa na ilha mais remota e isolada dos Açores.
O Corvo é um bastião dos Monárquicos e foi o líder local, Paulo Estevão, a fazer a visita guiada a Montenegro.
Gonçalo da Câmara Pereira ficou reservado para o discurso no comício da noite, mas disse que era melhor ler o que escreveu.
Escritos trouxe muitos elogios à governação dos últimos três anos nos Açores, mas também um pedido de confiança a Luís Montenegro.
Gonçalo da Câmara Pereira vem para o Corvo para participar em campanhas regionais há quase 20 anos. É aqui que o partido tem conseguido os resultados mais expressivos do país.
Mas em eleições legislativas nunca conseguiu levar o PPM além de um antepenúltimo lugar.
O resultado mais expressivo em que teve participação ativa foi o de 2019 quando a coligação Basta quis levar André Ventura para o Parlamento Europeu.
A primeira forma que a nova AD assumiu não contava com o PPM, mas Montenegro e Nuno Melo recuaram depois das críticas dos monárquicos e da ameaça de um processo judicial.
Gonçalo da Câmara Pereira tem recusado dar entrevistas, mas à SIC garante que tem intenção de voltar a partilhar o palco com Montenegro como fez no Corvo.