O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, o antigo primeiro-ministro David Cameron, alerta que o apoio do Reino Unido a Israel não é incondicional.
As declarações foram feitas numa entrevista ao jornal The Sunday Times.
Cameron revela que não há dúvidas que as forças israelitas tiveram culpa na morte dos três cidadãos britânicos que estavam a prestar serviços humanitários na Faixa de Gaza.
Os trabalhadores preparavam-se para ir distribuir comida, quando o carro onde iam foi atingido por um míssil israelita. Outras quatro pessoas foram também atingidas.
Na altura, o primeiro-ministro britânico condenou o ataque e pediu uma investigação interna.
Agora, uma semana depois do ataque, David Cameron avisa Israel que algo semelhante não pode voltar a acontecer.
Na passada semana, Israel admitiu que um ataque "não-intencional" matou na Faixa de Gaza sete trabalhadores da WCK, que distribui alimentos no território palestiniano sitiado e ameaçado de fome.
Seis meses do capítulo mais violento de décadas de guerra e conflito
A 7 de outubro de 2023, o movimento islâmico palestiniano Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel.
Foram lançados milhares de rockets contra o território israelita e militantes islâmicos furaram barreiras e entraram em comunidades perto da Faixa de Gaza, matando residentes e fazendo cerca de 253 reféns.
Mais de 1.200 pessoas morreram e Israel declarou estado de guerra e respondeu com uma campanha militar na qual já foram mortos mais de 33 mil palestinos.
Este domingo, completa-se seis meses do inicio dos combates entre Israel e o Hamas, o capítulo mais recente e sangrento de décadas de guerra e conflito entre israelitas e palestinianos no Médio Oriente.