Os quatro militares portugueses que estão no aeroporto de Cabul para apoiar a retirada de cidadãos afegãos "estão bem", não tendo sido afetados pela explosão junto àquela infraestutura da capital afegã, avançou o Ministério da Defesa à Lusa.
Os quatro militares em questão, integrados no contingente espanhol, têm a missão de apoiar a retirada de 116 pessoas que constam nas listas prioritárias do Governo português, e que incluem cerca de 20 interpretes afegãos que trabalharam com as Forças Nacionais Destacadas portuguesas e os seus familiares.
Em declarações à RTP na quarta-feira, o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, adiantou que os quatro militares estão a trabalhar "dentro do aeroporto", por não existirem condições para saírem do local, tendo como missão "ajudar" os indivíduos que constam nas listas prioritárias a "entrar dentro do aeroporto e a passar para os aviões".
"É uma missão de risco, com certeza que é, porque toda a situação é uma situação extremamente delicada e difícil. Os nossos militares estão preparados e treinados para isso, com todas as qualidades necessárias para desempenhar bem a sua missão", afirmou Gomes Cravinho na altura.
Duas explosões em Cabul fazem vários mortos e feridos
Várias pessoas morreram esta quinta-feira após duas explosões em Cabul, no Afeganistão, que terão sido causadas por bombistas suicidas, segundo fonte norte-americana. As explosões causaram ainda vários feridos.
De acordo com o porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, a explosão junto ao aeroporto de Cabul resultou na morte de vários militares norte-americanos e civis afegãos. "Foi o resultado de um complexo ataque", escreveu John Kirby no Twitter.
Confirmou ainda outra explosão na capital do Afeganistão, junto ao Hotel Baron, que acolhe estrangeiros e jornalistas internacionais.
Citada pela agência Reuters, fonte dos talibã anunciou que pelo menos 13 pessoas morreram, incluindo crianças, e que vários militares do movimento ficaram feridos.
A embaixada norte-americana em Cabul descreveu "uma grande explosão" e falou em relatos de tiros.