A OCDE está otimista com o crescimento da economia portuguesa e a taxa de inflação, prevendo ainda uma redução da carga fiscal no país.
"A política fiscal vai tornar-se menos restritiva", afirma a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), no relatório de projeções económicas divulgado esta quinta-feira.
Para este ano, a organização prevê o crescimento do PIB em 1,6%, acelerando para 2%, em 2025. Entre os fatores que contribuem para esta previsão são o aumento do investimento público, a redução dos impostos e o aumento das prestações sociais.
A previsão da organização é mais otimista que o Governo português e a Comissão Europeia, mas é o Banco de Portugal que revê mais em alta o crescimento.
Em fevereiro, o ainda ministro das Finanças Fernando Medina afirmou que acredita que o PIB ainda podia crescer 1,5% este ano. Já Bruxelas, nas previsões económicas de inverno, disse prever que o PIB português crescesse 1,2% em 2024 e 1,8% em 2025. Na previsão de março, o Banco de Portugal reviu em alta o crescimento da economia portuguesa para 2%, este ano, e 2,3% no ano seguinte.
Segundo as previsões da organização, a taxa de inflação estará nos 2,4% este ano e 2% em 2025, devido aos preços estáveis da energia e à desaceleração da procura de trabalho.
"Um mercado de trabalho restritivo e a queda da inflação estão a apoiar o crescimento dos salários reais e o consumo privado, e a implementação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) irá impulsionar investimento."
Sobre as exportações e investimento, diz que foram travados por um "crescimento global modesto" e a "elevada incerteza", mas que a situação irá mudar "à medida que a procura externa" aumentar.
As previsões apontam para a diminuição da dívida pública de 99,1% em 2023 para 95,7% este ano e para 92,5%, no ano seguinte.