Economia

Presidente do BCE admite corte nas taxas de juro no verão mas DECO deixa aviso

Mário Centeno e Christine Lagarde admitiram uma descida nos juros mas a DECO avisa que será mais gradual do que a subida e que as prestações vão continuar elevadas.

Loading...

É uma das despesas que mais pesam no orçamento das famílias. Os encargos com o crédito da casa são cada vez mais difíceis de suportar e obrigam a cortar noutras despesas. Há até quem já tenha desistido da ideia de comprar casa.

Depois de 10 aumentos consecutivos nas taxas de juro, que fizeram disparar as prestações, pode estar para breve algum alívio. Primeiro, o Governador do Banco de Portugal e, depois, a presidente do Banco Central Europeu admitiram a possibilidade de um corte nos juros, que, se acontecer, será em junho ou em julho.

"Estamos numa boa trajetória, a inflação está a descer (...). Não precisamos de fazer mais do que o necessário para levar a inflação para 2%, a médio prazo", disse Mário Centeno.

Lagarde reagiu pouco depois:

"Também diria que é uma probabilidade, mas tenho de ser cautelosa porque também dizemos que nos baseamos nos dados".

Christine Lagarde diz que o pico de subidas já foi atingido. A inflação na zona euro está nos 2,9%, ainda acima da meta de 2% do BCE. Por isso, Lagarde pede prudência. Até porque, como explica a DECO, a descida será sempre mais gradual do que a subida. Espera-se que as famílias continuem a sentir as prestações elevadas e que o custo de vida continue elevado, como explica Nuno Rico, da DECO.

Uma conjuntura que, pelo menos nos próximos tempos, vai continuar a criar desafios aos portugueses.

Últimas notícias
Mais Vistos
Mais Vistos do