As empresas de transporte rodoviário de mercadorias não vão realizar protestos ou manifestações devido ao aumento do preço dos combustíveis. Reunidas num plenário, este sábado em Pombal, mostraram-se satisfeitas com as medidas anunciadas pelo Governo e esperam que os clientes e o mercado também assumam parte dos custos.
Mais de 200 empresas de transportes estiveram reunidas no mesmo dia em que o Governo confirmou uma linha de crédito de 400 milhões de euros à tesouraria das empresas que são altamente dependentes de combustíveis. Foi a última medida adotada para travar protestos.
Na mesa das negociações estava ainda o preço do Adblue que, entretanto, multiplicou por cinco, e a redução da taxa de IVA. As medidas pretendem serenar os empresários, mas pode não ser suficiente para a paz social nos transportes. A ANTRAM sublinha que os clientes e o mercado têm de ter disponibilidade para assumir os custos do aumento do combustível
O PCP, por outro lado, exige ao Governo uma regulação do preço dos combustíveis. Jerónimo de Sousa acusa os operadores de se estarem a aproveitar, estabelecendo preços muito acima do valor de compra.
Entre as medidas adotadas pelo Governo está o aumento de cinco cêntimos por litro, na taxa de carbono, e a devolução integral do ISP no gasóleo profissional de 35 mil para 40 mil litros por ano e por viatura.
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