O sentimento crítico de Paula Rego é dividido na exposição "Paula Rego: Manifesto" por oito salas e cerca de 80 obras, que resultam de um trabalho de investigação e localização de peças da artista portuguesa pertencentes, por exemplo, à Fundação Calouste Gulbenkian, ao Centro Cultural de Belém ou a colecionadores privados.
"A Paula Rego não tinha um sistema metodológico, mas sabe-se que a produção vai muito para além do que temos aqui", admite Catarina Alfaro, uma das curadoras da exposição e coordenadora da Casa das Histórias Paula Rego.
Catarina Alfaro e Leonor de Oliveira decidiram iniciar esta mostra partindo da recriação da primeira exposição individual de Paula Rego na Sociedade Nacional de Belas-Artes, em 1965, numa altura de repressão provocada pela ditadura.
"Muitas das obras remetem para o seu sentimento de descontentamento", revela Catarina Alfaro.
Os direitos das mulheres é outro dos temas que compõem uma exposição para celebrar os 50 anos do 25 de Abril e que pode ser vista na Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, até 6 de outubro.