Cultura

Promessa de Saramago é cumprida: objetos do escritor são entregues ao Museu do Nobel

Em 2005, o escritor português prometeu entregar um conjunto de objetos ao Museu do Nobel, em Estocolmo. Perto de 20 anos depois, a promessa foi cumprida. Na coleção foi também um objeto especial, selecionado pelo próprio Saramago.

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A Fundação José Saramago entregou alguns objetos do escritor ao Museu do Nobel, em Estocolmo, na Suécia. Os objetos foram entregues por Pilar del Rio, num ato que cumpriu uma promessa feita pelo próprio Saramago em 2005.

Os escritores escrevem para ser lidos e quero que todas as coisas de Saramago se espalhem pelo mundo inteiro. Quero que as pessoas leiam, toquem nos livros de Saramago e vejam estas coisas. Saramago é nosso, é de todos”, disse a viúva do escritor.

O legado de Saramago é preservado pela Fundação Saramago. A história do escritor português, que venceu o prémio Nobel da Literatura em 1998, multiplica-se de várias formas – desde os manuscritos, aos livros e até os óculos usados nos últimos anos de vida pelo autor.

Entre os objetos doados estão artigos pessoais de Saramago, como os exemplares dos livros “Viagem a Portugal”, “A Estátua e a Pedra” e uma edição especial de “Claraboia”. Há ainda um artigo único, escolhido pelo próprio escritor e que está representado na capa de outra obra (já em exibição no Museu do Nobel em Estocolmo): a pedra

Saramago dava muita importância à pedra. A pedra que Saramago escolheu e que é uma metáfora que ele utiliza para explicar a sua obra. Dizia que, na primeira parte, o que lhe interessava era a estátua e que, na última parte da sua obra, já não era a estátua, mas sim a pedra de que era feita a estátua”, explica Pilar del Rio.

Esta entrega que completa um desejo antigo do escritor português. Um compromisso cumprido por Pilar del Rio e por Miguel Gonçalves Mendes, realizador do filme "José e Pilar", que juntou um exemplar da longa-metragem ao conjunto de artigos doados ao Museu do Nobel.

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