O ator Gérard Depardieu enfrenta novamente uma acusação de agressão sexual que remonta a 2007, a segunda desde 2021. Mas qual a razão para só agora estarem a surgir estas acusações?
O público admirava-o pelas suas atuações mas as revelações sobre o comportamento de Depardieu para com as mulheres lançam uma dura reflexão sobre a consciência do cinema francês na luta contra a violência sexista e sexual.
Seis anos após o início do caso #MeToo em Hollywood e a queda do produtor Harvey Weinstein, os tempos estão a mudar em França.
Em 2021, o ator francês foi indiciado de violação e agressão sexual, crimes que alegadamente terá cometido no verão de 2018 sobre uma jovem atriz.
Na última semana foi apresentada outra queixa de agressão sexual pela atriz Hélène Darras, por factos ocorridos em 2007 durante as gravações do filme “Disco”.
Face a estas acusações, Gérard Depardieu prepara-se agora para se alvo de uma investigação para apurar a veracidade dos factos. Caso se confirmem, Depardieu poderá ser julgado por vários crimes sexuais e manchar a sua longa carreira na sétima arte.
Mas afinal o que é o #MeToo?
O movimento ganhou notoriedade em 2017 quando a atriz Alyssa Milano fez uma publicação na sua conta pessoal do Twitter, fazendo um apelo a todas as pessoas que já sofreram assédio sexual usassem a hashtag #MeToo.
O termo inspirou milhares de pessoas a quebrarem o silêncio e lutarem pela causa e começaram a surgir acusações de assédio e agressão sexual por parte de pessoas ligadas a Hollywood.
Harvey Weinstein foi o primeiro a ser acusado por diversos crimes sexuais, tendo sido mesmo sentenciado com 39 anos de prisão.
Kevin Spacey foi outro dos artistas que foi acusado de nove crimes de abuso sexual com quatro homens, alegadamente cometidos entre 2001 e 2013 no Reino Unido. Face a estas acusações, Spacey foi afastado da série “House of Cards”, na qual era protagonizada.
Em julho deste ano, ator norte-americano foi ilibado de todas as acusações de crimes sexuais.