A atriz e ativista humanitária de 46 anos levantou o véu sobre as questões que a marcaram, nomeadamente, o caso Weinstein e o divórcio com o ator Brad Pitt.
Numa entrevista ao The Guardian, no sábado, Angelina Jolie confessou ter ficado "destroçada" com o divórcio e com o facto do ex-marido ter trabalhado com Harvey Weinstein depois de a ter agredido sexualmente.
Angelina Jolie deseja agora, depois de uma longa batalha judicial pela custódia dos filhos, que a sua família "se cure" e que sejam "pacíficos".
"Seremos sempre uma família", garante a atriz.
Na entrevista, cujo teor foram os direitos e o desrespeito dentro da indústria cinematográfica, a atriz enfatizou o antigo produtor, Harvey Weinstein, um dos rostos mais visados pelo movimento "Me Too", condenado a 23 anos de prisão por ato sexual criminoso e violação sexual.
Passado com Harvey Weinstein
Angelina Jolie trabalhou com o antigo produtor quando tinha 21 anos no filme "Playing by heart" e conta que as mulheres tendem a minimizar uma agressão sexual se conseguirem escapar dela, mas que essa não devia ser a premissa:
"A verdade é que a tentativa e a experiência da tentativa é por si já uma agressão":
A atriz e ativista humanitária acrescentou que o próprio Brad Pitt acabou por convidar a produtora de Weinstein para um filme em 2012 e que sentiu que o ator estava a minimizar a agressão sexual que tinha sofrido.
"Foi difícil para mim quando Brad Pitt o fez", admite, referindo-se a "Inglourious Basterds" em 2009.
O casal está separado desde o verão de 2016, quando Angelina Jolie avançou com o pedido de divórxio. O processo ficou finalizado apenas em 2019, embora a custódia dos filhos só tenha sido decidida em maio deste ano, com o juiz a conceder ao ator a guarda partilhada dos filhos.
Novo livro: "Conhece os teus direitos e reclama-os"
O guia para os jovens foi publicado com a Amnistia Internacional.
Há 20 anos que se dedica a várias causas:
- prevenção da violência sexual nos conflitos;
- fundação Maddox Jolie-Pitt;
- sensibilização para as condições de vida dos refugiados de todo o mundo como embaixadora da boa vontade da agência para os refugiados das Nações Unidas;
- luta pelos direitos das crianças;
"Há tantas crianças em perigo em todo o mundo e nós não estamos a fazer o suficiente. Estes são os direitos delas, decididos há anos baseados naquilo que os tornaria adultos saudáveis , equilibrados e estáveis" afirmou Angelina Jolie à Reuters.
Este projeto dá exemplos de jovens que estão a marcar esta geração, como Greta Thunberg e Malala Yousafzai.