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Saída de Fernando Araújo: SNS vai "sofrer com avanços e recuos" (pelo menos) até setembro

Fernando Araújo, diretor-executivo do SNS, apresentou a demissão à ministra da Saúde na terça-feira, pedindo que tenha efeitos no dia seguinte à apresentação do relatório das mudanças em curso “exigido pela tutela".

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Tiago Correia, comentador da SIC para assuntos de saúde, diz não estar surpreendido com a demissão de Fernando Araújo de diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS). O especialista alerta que os próximos meses vão ser difíceis para o SNS.

Para Tiago Correia, a saída de Fernando Araújo da direção executiva do SNS “não causa surpresa”, uma vez que era conhecida a “divergência" com Ana Paula Martins, empossada ministra da Saúde.

“Havia um ponto de interrogação na relação com Fernando Araújo enquanto diretor-executivo do SNS”, afirma, acrescentado que a ministra terá “passado a bola” para o lado de Araújo.

Fernando Araújo apresentou a demissão à ministra da Saúde na terça-feira, pedindo que tenha efeitos no dia seguinte à apresentação do relatório das mudanças em curso “exigido pela tutela". O diretor-executivo e a respetiva equipa não querem ser “um obstáculo” à atual tutela.

O comentador da SIC considera que a saída vai complicar o trabalho de Ana Paula Martins porque vai ter de escolher uma pessoa para o cargo e, sobretudo, porque há um “meio caminho meio andado” nas Unidades Locais de Saúde (ULS).

“Vamos precisar de 60 dias para perceber se estão a produzir resultado ou não”, acrescenta.

Ou seja, até setembro, prevê Tiago Correia, vai ser “difícil um diretor-executivo ganhar mão sobre o SNS”. Nessa altura, acrescenta, “já se passaram nove meses do ano e houve eleições".

O comentador da SIC alerta, na SIC Notícias, que o Serviço Nacional de Saúde não pode “sofrer com avanços e recuos”. E salienta que qualquer reforça tem de ser avaliada e monitorizada.

As ULS entraram na discussão pela mão de Fernando Araújo e não pela mão de um programa eleitoral ou de Governo, indica Tiago Correia. O seu futuro vai “depender do relatório”.

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