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Portugal foi o sexto país da União Europeia que registou mais mortes nas estradas em 2022

Os dados do relatório do Tribunal de Contas Europeu indicam que há 60 mortes por cada milhão de habitantes. A associação dos cidadãos auto-mobilizados aponta falhas e prevê um agravamento deste número.

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Com 60 mortes por cada milhão de habitantes o relatório especial de segurança rodoviária do Tribunal de Contas Europeu põe Portugal no 6º lugar da tabela dos piores números de mortes na estrada em 2022.

João Ramos, presidente da Associação de Cidadãos Auto-mobilizados pinta um cenário pior do aquele que é conhecido.

" A Agência Nacional de Segurança Rodoviária tem obrigação, desde 2019, de seis meses após o final do ano apresentar os dados dos mortos a 30 dias e não aqueles que morrem no local do acidente ou a caminho hospital, que são pelo menos mais 30 a 35%", começou por explicar João Ramos, acrescentando que "continuamos a não ter esses dados, o que significa que secalhar não estamos em 6º lugar dos piores, secalhar estamos em 3º ou 4º no ranking".

Defende ainda que não se pode encolher os ombros quanto às causas das mortes nas estradas, que são sobretudo "excesso de velocidade e consumo de álcool", e aponta o dedo ao falhanço total das políticas públicas para reduzir a sinistralidade rodoviária.

"Nós não temos verdadeiras politicas públicas na área do trauma de proteção das vitimas da segurança rodoviária, seja ao nível das infraestruturas, fiscalização, justiça, cuidados médicos ou da educação para cidadania rodoviária", esclareceu.

Sem medidas de fiscalização nas estradas, esta associação aponta para um agravamento dos números que ficará longe da taxa média na União Europeia que é de 46 mortes por milhão de habitantes.

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