No Alentejo, novo projeto integra pessoas com doença mental no mercado de trabalho

Têm, quase todas, mais de 50 anos e vivem sozinhas no interior do Alentejo. Sofrem de doença mental e já há algum tempo que recebem as visitas da equipa de apoio domiciliário do Lar de São Salvador da Aramenha, em Marvão.

No total, são cerca de 120 pessoas que vivem em três concelhos - Portalegre, Marvão e Castelo de Vide – e para as quais foi apresentado agora um novo projeto, considerado “único”, no Alentejo; um gabinete inclusivo comunitário com o objetivo de promover o acesso desta população a atividades ocupacionais, formativas e socioprofissionais, ou seja, ao mercado de trabalho.

A ideia é fortalecer a resposta às suas necessidades, capacitando as entidades empregadoras e as empresas “através de programas reabilitativos e psicossociais”, para integrar estas pessoas em situação de desemprego, em locais de trabalho, segundo Maria do Céu Frutuoso, presidente do lar da Aramenha.

No projeto, estão envolvidos vários parceiros, entre os quais, o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), através do qual, o público alvo é inserido em programas de formação. Apoiam também a iniciativa o Instituto Politécnico de Portalegre (IPP), bem como várias entidades empregadoras e empresas que favorecerão a integração de pessoas com doença mental em gabinetes inclusivos comunitários. É uma forma de capacitar trabalhadores e empregadores a reter postos de trabalho e a intervir em situações em que há pessoas em risco de perder o emprego, para continuar a haver resiliência, diz Maria do Céu Frutuoso.

Por outro lado, previnem-se situações de exclusão social através da inclusão das pessoas com patologia mental.

Este projeto já conta com o apoio do Programa Nacional para a Saúde Mental e da Direção Geral de Saúde.