Um grupo de finalistas de biotecnologia da Universidade da Covilhã ganhou um prémio de inovação. A ideia que começou por ser apenas um projeto de investigação da tese de mestrado, passou a ser uma fórmula diferenciadora que elimina os mioplásticos existentes na água.
A estação de tratamento que absorve águas residuais da Covilhã e freguesias interurbanas é lugar de eleição para fazer recolhas da matéria-prima. Seja nos tanques de tratamento seja nas bocas do equipamento que drenam água tratada para a ribeira. É o primeiro passo para testar a fórmula Poseidon, que elimina microplásticos, distinguida com um primeiro prémio de inovação.
O que começou por ser um trabalho de mestrado ganhou asas e distinção porque o projeto de investigação não se limita a filtrar o microplástico.
A prática comprova a teoria de que é possível usar uma ferramenta amiga do ambiente e do homem a quem já foi detetada a presença de microplásticos no sangue.
Falta agora financiamento para suportar mais investigação e a ligação final da biotecnologia ao mercado.
Da visita à ETAR da Covilhã ficou a revelação de que a existência de microplásticos na água ainda não é um critério de avaliação de qualidade. Educação, revolução de mentalidades e investigação podem ajudar a mudar o paradigma.